De repente, o Atlético, que parecia todo acertado e pronto para embalar no Brasileiro e demais competições que tem pela frente, toma duas de quatro, sendo uma em casa e outra para o lanterna, e empata mais uma, também em casa, contra o Fortaleza, que ainda não engrenou no campeonato.
De todos os lados, surgiram inevitáveis questionamentos à competência do treinador, à qualidade de vários jogadores e à capacidade da diretoria para montar o elenco. E também, a inevitável desconfiança quanto ao futuro nesta temporada: será que o Galo terá de se contentar apenas com o título estadual em 2024?
Para mim, o menor dos culpados é o técnico Gabriel Milito com suas escolhas técnicas e táticas. Ele até tirou bons coelhos da cartola para improvisar e fazer o time render, mesmo com vários desfalques, porém, chega-se a um momento que não tem jeito. É muita contusão, suspensão e jogadores convocados por seleções. Nenhum treinador faz milagres.
Por tudo que já vi e vivi no futebol, o que está faltando é a diretoria e o próprio Milito cobrarem mais responsabilidade de alguns jogadores, especialmente daqueles de quem mais se espera, como o Hulk e Paulinho. As expulsões deles contra o Palmeiras fizeram mal demais ao Atlético. Naquela própria partida e com as consequências nos jogos contra o Vitória e Fortaleza. Desestabilizaram o time e criaram este sentimento estranho que tomou conta da torcida.
São jogadores experientes, rodados, profissionais muito bem pagos para serem expulsos por falta de controle emocional. Hulk, manjado por tantas reclamações e problemas com apitadores, foi reclamar depois de uma falta apitada a favor dele. Para quê? Para tomar cartão?
Paulinho, expulso depois do apito final do árbitro, por queria tirar satisfação e brigar com o Marcos Rocha, que lhe deu uma cotovelada momentos antes. Depois do jogo!!! Para quê?
E essa prática “nervosinha” contamina o grupo. O goleiro Everson tomou o terceiro cartão amarelo na partida antes do Palmeiras, também por reclamar da arbitragem, que acabara de apitar uma falta a favor do Galo. Para quê?
Não tenho conhecimento se a diretoria do Atlético cobrou ou cobra isso dos jogadores. O clube, assim como a maioria dos demais, é muito fechado, imprensa não entra no centro de treinamento, não pode assistir a treinos, não tem acesso a jogadores e a diretoria filtra informações, além de ter seus métodos de “amansamento” de eventuais críticos.
Como otimista que, quase sempre, sou, acredito que Gabriel Milito vai conseguir retomar o caminho das vitórias e ainda colocar o time brigando para ficar entre os seis primeiros do Brasileiro. Com a recuperação dos contundidos, retorno dos que estão nas seleções da Copa América e chegadas dos novos contratados, Bernard, principalmente, vejo o Atlético forte para a Libertadores e Copa do Brasil, em que no “mata-mata”, tudo pode acontecer.
A propósito, gente demais me enviou vídeo, áudio ou falou que ouviu o Bernard manifestando gratidão ao Democrata de Sete Lagoas e a mim, pela oportunidade que ele teve, no Atlético, de realizar uma carreira brilhante, que o levou a disputar uma Copa do Mundo e vencer na profissão.
Não fiz mais do que a minha obrigação de divulgar que ele estava jogando demais pelo Jacaré e que merecia ser bem observado pelo Galo, que precisava de um jogador como ele. E sou muito grato a ele e à família dele, por serem sempre tão gentis comigo.
Manifestei isso via twitter e Instagram:
“Tem coisa que dinheiro nenhum do mundo compra. Gratidão e reconhecimento, por exemplo. Valores que sempre cultivo e que veem do berço. Assim como o querido @b_10duarte a quem agradeço sempre, pelo que fez pelo @democratajacare , pelo @Atletico e pela massa”
Que ele tenha ótimo retorno ao Atlético e dê as alegrias que a massa alvinegra espera dele.
Bernard durante jogo do Democrata na Arena do Jacaré (Foto: Jornal SETE DIAS)
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