Guilherme Costa, o Cachorrão, ficou na quinta posição na final dos 400 metros livres com o melhor tempo de sua vida, o recorde sul-americano da prova, e se emocionou bastante ao deixar a piscina dos Jogos Olímpicos Paris 2024: “Não quero sentir isso nunca mais”, aos prantos.
Logo que finalizou a prova e viu o resultado, o brasileiro sentou na beirada da piscina e, com as mãos no rosto, chorou bastante. O choro se repetiu ao ver imagens da família em um totem na Arena Paris La Défense e ao dar entrevista para jornalistas. “Apostava muito nos meus últimos 50 metros. Era o meu ponto forte, estava confiando muito nisso. Não consegui fechar da forma que eu sempre fecho. Não quero sentir isso nunca mais”, desabafou Cachorrão.
O nadador foi consolado pelo medalhista olímpico Bruno Fratus, comentarista de natação da TV Globo, que ressaltou a importância do resultado de Guilherme Costa ao obter o melhor resultado da vida numa prova final de Olimpíadas.
Durante a prova, Cachorrão virou os primeiros 100 metros na sexta posição e passou para a quinta nas piscinas seguintes, mantendo-se nela até o final
Na prova classificatória, Guilherme Costa, de 25 anos, já havia se destacado. O nadador brasileiro cravou 3min44s23, sua quinta melhor marca na carreira, e se classificou na segunda posição para a final. E já havia antecipado a busca por medalha.
O nadador carioca é o atual recordista sul-americano dos 400, 800 e 1.500 metros livres.
Em Paris 2024, Guilherme Costa disputa ainda as provas de 200m e 800m, o revezamento 4x200m livre e a maratona aquática (águas abertas), prova que acontece no Rio Sena. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Cachorrão foi finalista da prova dos 800 metros livre, mas não chegou à sonhada medalha.
Por que Cachorrão?
O apelido Cachorrão surgiu de uma cena inusitada e partiu de amigos de Guilherme Costa. “Eu estava de férias com uns amigos em Angra [dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro] jogando bola. A bola caiu perto de um cachorro e ele me mordeu. A gente voltou no dia seguinte e o cachorro não estava, aí os amigos ficaram me zoando dizendo que ele morreu depois de me morder”, recorda o nadador.